Para superar o fim de um relacionamento, primeiramente, é importante que você compreenda que o término da relação envolve uma perda: a perda da convivência de uma pessoa que esteve por, algum tempo, muito próxima a você.
Um relacionamento amoroso envolve compartilhar com alguém a intimidade, algo que é muito íntimo e valioso, é um território em que podemos ser quem verdadeiramente somos, que sentimos que podemos baixar a guarda.
Relacionar-se também pode envolver compartilhar, além da convivência, atividades, finanças e projetos de vida. Logo, quando há uma ruptura da relação, não se trata somente do distanciamento físico com a pessoa em questão, mas de toda uma forma de viver que estava ligada a esta relação.
Superação – A travessia necessária
Como se supera o fim de uma relação? Atravessando a travessia desta fase. E dependendo do tempo, da intensidade, da forma como se deu o término, será fundamental realizar a travessia. Dependendo de como se deu a relação ela pode ter ocupado vários aspectos da sua vida.
Um grande espaço que antes era preenchido com planos, projetos, rotinas, e atividades desta relação, irão ficar vazios. Pode ser assustador, para algumas pessoas lidar com a sensação de perda e com o vazio que fica quando o outro se vai, ou quando a relação precisa chegar ao seu fim.
Porém, muito depende da perspectiva de como interpretamos esse vazio. Nós da cultura ocidental, tendemos a interpretar o vazio como algo negativo. Porém, o vazio também pode ser visto diante de uma perspectiva positiva.
Fases – Como encarar o vazio após o fim
A Gestalt Terapia, a perspectiva teórica que utilizo, traz o conceito de vazio fértil. Esse conceito traz a ideia de que no vazio, há ausência, há um espaço livre, desocupado. Isso pode ser assustador, pois ter espaços preenchidos pode trazer certa medida de segurança.
Mas e quando este espaço está preenchido de uma forma que não está funcionando bem? E quando alguém está ali, sem de fato, desejar estar? Ou quando alguém está ali, mas só pela metade?
O vazio também pode ser visto como uma oportunidade de construir as coisas, as relações, de uma forma que façam mais sentido, que funcionem melhor. Então, se você está sentindo esse vazio após o término, saiba que você não necessariamente precisa encará-lo como negativo, ele pode ser uma oportunidade de recomeço e crescimento.
Fim do relacionamento – deixar ir
O espaço fica livre. Mas já te expliquei acima que o espaço vazio não precisa ser encarado como ruim. Está livre, porque como estava preenchido precisou chegar ao fim, passou a não cumprir mais o seu propósito ou já cumpriu o que havia de cumprir.
E quando isso acontece, ou escolhemos ficar apegados a algo que já passou ou escolhemos aceitar os fatos e deixar ir. Deixar ir não significa que será sem dor, mas saiba, você pode atravessar. E como atravessar esse momento? Atravessando.
Adiante você estará em outro momento, e perceberá que o momento mais doloroso do término passou. O fato é que não dá para pular etapas. Para que este término seja superado, digerido, e sirva a você como aprendizado, ele precisa ser atravessado.
O tempo de reconstrução
Quando a relação chega ao fim, a vida te chama para reconstruir-se. Vários espaços que estavam ocupados podem ficar vazios. E você pode encarar esta fase para experimentar novas atividades, desenvolver habilidades, reconectar-se com você mesmo (a), perceber quais as suas atuais necessidades, autoanalisar-se, perceber o que você aprendeu com a relação que acabou perceber o que faz sentido para você hoje.
Reconstruir-se faz bem, faz parte do movimento natural da vida. Ciclos se encerram para que outros possam se iniciar. E ao nos entregarmos ao fluxo da vida, em vez de lutarmos com ele, crescemos, expandimos, nos desenvolvemos.
Em algumas situações, a pessoa pode precisar de ajuda para elaborar o término de uma relação, para se reconstruir e voltar a sentir prazer na nova forma de existir. Caso você deseje agendar uma consulta clique aqui.